Distanciamento Sim, Falta de Conexão Não!

Proteja seus idosos, mantendo o distanciamento social, sem deixar enfraquecer, ou mesmo, se perder o elo afetivo-emocional. Mesmo distante, é imprescindível manter a proximidade e a conexão com eles.

Cuidar do cérebro nos dias de recolhimento social é também primordial para a saúde de todos nós, sobretudo para a saúde dos idosos, para que eles possam passar por esses longos dias de enfrentamento da pandemia, acompanhados e em equilíbrio.

O nosso cérebro é fundamentalmente social e precisa da conexão humana, para manter-se ativo. As pessoas precisam ficar
conectadas e inseridas, não isoladas emocionalmente.

Idosos, particularmente, precisam dessa atenção redobrada, devendo manter a conexão com pessoas, mesmo que à distância.

O laço afetivo emocional faz com que eles mantenham suas emoções sendo ativadas, por sentirem-se queridos, protegidos e úteis.

A interação e a comunicação entre as pessoas é uma das excelentes formas de manter o cérebro funcional. Conversar requer muitas de suas conexões e estende a capacidade do cérebro em manter-se ativo cognitivamente.

Pessoas com deficiência auditiva, sem estimulação, têm cinco vezes mais riscos de desenvolver demência. Garantir que elas tenham acesso às informações acústicas, com uso adequado de aparelhos auditivos ou implantes cocleares e proporcionar estimulação das vias auditiva e áreas corticais responsável pela linguagem, atenção, memória e cognição, por meio da interação humana, minimizam muito os riscos desse impacto.

Investir frequentemente um tempo numa boa conversa, travar um diálogo gostoso, envolvendo a pessoa idosa no bate papo, são pílulas diárias para mudar o futuro do cérebro do idoso.

Treinar a “escutação”, que é a ação de escutar, e as diferentes habilidades de escuta, a escuta relaxada, a escuta perspicaz ou a escuta compreensiva é também uma grande oportunidade para você melhorar a sua comunicação e abrir portas para novas conquistas.

Um bom diálogo, com uma comunicação genuína e amorosa, enriquece a sua experiência e fortalece a relação com seus entes queridos.

O idoso muitas vezes só precisa desabafar e você pode oferecer uma escuta acolhedora. Ouvir e escutar suas mazelas, com entrega e sem julgamentos, deixando claro que você está ali, presente e disponível para o que quer que aconteça.

Dedique um tempo do seu dia, faça uma ligação, um chat ou uma vídeo chamada. Converse, interaja, conte uma história para a pessoa e envolva-a na sua história, escute as histórias dela, relembrando-a de passagens boas, compartilhando suas emoções e contando as novidades positivas.

Peça sua ajuda, dicas para receitas culinárias, conselhos e sua opinião para as suas decisões, apoio em suas atividades diárias e faça-o sentir-se querido e útil.

Mostre seu respeito e afeto, confesse o quanto aprende com ele, faça-se presente e declare seu amor. Conversar vai manter as emoções ativas e estimular novas conexões no idoso.

O nosso cérebro é plástico e pode se transformar, criando novos caminhos em qualquer idade, para ele não há fronteiras, se houver conexões.

A sua dedicação diária e o investimento de um tempo para interagir com seus idosos, pode mudar o destino do cérebro da pessoa no envelhecimento.

Competências como Memória, Atenção, Foco, Velocidade de processamento e de reposta podem ser estimuladas dessa forma e de muitas outras maneiras lúdicas.

Seguem aqui algumas dicas sobre as diversas formas de potencializar recursos do cérebro.

1- Incentive o idoso a avaliar sua audição e a usar corretamente seus aparelhos auditivos. 70% das pesssoas com mais de 65 anos têm algum grau de perda auditiva.

2 – Proponha a ele que faça atividades diferentes.

  • Ouvir a TV no menor volume possível para entender ou que coloque um som competitivo, uma música junto.
  • Incentive-o a ouvir histórias, Audiobook ou Podcasts.
  • Proponha jogos de memória, stop, jogos de palavras, sudoku, quebra-cabeças, jogo de paciência, damas, xadrez…
  • Conte Histórias
  • Convide-o a conhecer o site (www.afinandoocerebro.com.br)
  • Convide-o para fazer o treinamento auditivo musical (http://www.treinamentoauditivomusical.com.br)

Referências:
Claudia, Cotes – Mídia Training na UOL
Doutora em Linguística.
Mestra em Fonoaudiologia.
Especialista em Voz.
Fonoaudióloga da EPTV – Campinas – emissora afiliada da Rede Globo há 21 anos. Responsável pelas áreas de Jornalismo, G1 e Entretenimento.
Fonoaudióloga do UOL – (Notícias, Entretenimento, Esporte) há 8 anos.
Coach de Comunicação.
Palestrante em Media Trainings há mais de 15 anos.
Graduada em Letras-Português e Fonoaudiologia.
Autora de mais de 10 livros infantis.
Roteirista.


Professora-convidada para aulas via web, na Communication Academy – Antonio Sacavém (Lisboa).
Criadora do Curso OnLine: Fala e Atitude. www.falaeatitude.com.br
Ingrid Gielow – Co-Fundadora e CEO na Pro-Brain
Fonoaudióloga graduada pela Universidade Federal de São Paulo (1989), mestrado em Distúrbios da Comunicação Humana (Fonoaudiologia) pela Universidade Federal de São Paulo (1997) e doutorado em Distúrbios da Comunicação Humana (Fonoaudiologia) pela Universidade Federal de São Paulo (2002). É professora do Centro de Estudos da Voz e da Fundação Getúlio Vargas (FGV Management). Tem experiência na área de Fonoaudiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: voz, distúrbios da voz, processamento auditivo central, acústica, laringectomia e cirurgias de cabeça e pescoço e distúrbios da deglutição. É consultora e assessora em Comunicação Humana e ministra treinamentos corporativos em Competência Comunicativa. (Fonte: Currículo Lattes).


Raquel Munhoz, Fonoaudióloga Especialista em Audiologia Clínica e Responsável Técnica no Núcleo de Audiologia.