O cerume, popularmente conhecido como cera de ouvido, é composto por descamação do epitélio do meato acústico externo (canal do ouvido), de secreção sebácea e do produto de glândulas ceruminosas.

A cera é produzida por nossas orelhas externas, com o objetivo de ser uma proteção natural, que impermeabiliza o conduto auditivo, contra agressões externas, tais como poeira, insetos e outros corpos estranhos, servindo ainda para aglutinar e reter essas pequenas partículas estranhas e micróbios. Sendo assim, ela tem uma função protetiva, possuindo também alguns compostos que impedem a proliferação de fungos e bactérias.

Uma outra característica dela é ser autolimpante, ou seja, aquela cera produzida em excesso, é expulsa naturalmente, podendo tornar-se visível na parte mais externa do meato acústico e desagradável, do ponto de vista estético.

Por esse motivo desenvolveu-se uma cultura entre as pessoas de “higienizarem” as orelhas e os meatos acústicos externo, recorrendo ao uso de “hastes flexíveis”, grampos de cabelo, chaves de porta e palitos de dentes, dentre outros objetos pontiagudos, para a “limpeza” dos ouvidos, por acreditarem que a cera seja uma “sujeira”.

Ocorre que o uso desses objetos podem causar danos irreparáveis, além de empurrarem a cera para dentro da orelha, podendo causar traumas no canal auditivo, perfuração na membrana timpânica, ou até, lesões aos ossículos da orelha média.

Vale alertar que qualquer uma dessas lesões pode levar à perda de audição, quadros de tontura, zumbido, otalgia ou otites.

Certos indivíduos apresentam uma produção aumentada de cerume, o que leva à formação de uma verdadeira “rolha” de cera, que pode também acarretar surdez súbita, ou até dores de ouvido e tontura.

Nos indivíduos que utilizam aparelhos auditivos isso é muito comum, pois os moldes auriculares ou as olivas dos receptores e tubos finos, ocluem o meato acústico externo, impedindo a eliminação natural do cerume, formando, assim, a rolha de cera, que obstrui a passagem do som amplificado para dentro do ouvido, além de causar danos aos aparelhos auditivos.

Nesses casos a remoção do cerume torna-se uma conduta necessária, no entanto a limpeza dos ouvidos nunca deve ser realizada com uso de hastes flexíveis, pela própria pessoa, seja ela jovem ou adulta, sobretudo em crianças e bebês. O uso inadequado desses bastonetes envolvidos em suas extremidades por algodão podem ferir a pele do meato acústico externo, ocasionando sangramentos e criando uma ambiente propício para a proliferação de fungos e bactérias e a instalação de infecções; podem ainda empurrar a cera mais para dentro ou até causar a perfuração o tímpano, resultando na perda da audição.

As orelhas devem ser limpas ou secas apenas superficialmente e externamente, após os banhos e com o uso de toalhas macias enroladas nos dedos.

Naqueles casos nos quais houver a necessidade da remoção da cera, a recomendação é procurar o médico otorrinolaringologista, para a remoção do cerume, promovendo a limpeza das orelhas, com uso do material adequado.

Nesse momento também sugerimos que seja feita uma avaliação audiológica clínica pelo Fonoaudiólogo.


Raquel Munhoz, Fonoaudióloga Especialista em Audiologia Clínica e Responsável Técnica no Núcleo de Audiologia.

Proteja seus idosos, mantendo o distanciamento social, sem deixar enfraquecer, ou mesmo, se perder o elo afetivo-emocional. Mesmo distante, é imprescindível manter a proximidade e a conexão com eles.

Cuidar do cérebro nos dias de recolhimento social é também primordial para a saúde de todos nós, sobretudo para a saúde dos idosos, para que eles possam passar por esses longos dias de enfrentamento da pandemia, acompanhados e em equilíbrio.

O nosso cérebro é fundamentalmente social e precisa da conexão humana, para manter-se ativo. As pessoas precisam ficar
conectadas e inseridas, não isoladas emocionalmente.

Idosos, particularmente, precisam dessa atenção redobrada, devendo manter a conexão com pessoas, mesmo que à distância.

O laço afetivo emocional faz com que eles mantenham suas emoções sendo ativadas, por sentirem-se queridos, protegidos e úteis.

A interação e a comunicação entre as pessoas é uma das excelentes formas de manter o cérebro funcional. Conversar requer muitas de suas conexões e estende a capacidade do cérebro em manter-se ativo cognitivamente.

Pessoas com deficiência auditiva, sem estimulação, têm cinco vezes mais riscos de desenvolver demência. Garantir que elas tenham acesso às informações acústicas, com uso adequado de aparelhos auditivos ou implantes cocleares e proporcionar estimulação das vias auditiva e áreas corticais responsável pela linguagem, atenção, memória e cognição, por meio da interação humana, minimizam muito os riscos desse impacto.

Investir frequentemente um tempo numa boa conversa, travar um diálogo gostoso, envolvendo a pessoa idosa no bate papo, são pílulas diárias para mudar o futuro do cérebro do idoso.

Treinar a “escutação”, que é a ação de escutar, e as diferentes habilidades de escuta, a escuta relaxada, a escuta perspicaz ou a escuta compreensiva é também uma grande oportunidade para você melhorar a sua comunicação e abrir portas para novas conquistas.

Um bom diálogo, com uma comunicação genuína e amorosa, enriquece a sua experiência e fortalece a relação com seus entes queridos.

O idoso muitas vezes só precisa desabafar e você pode oferecer uma escuta acolhedora. Ouvir e escutar suas mazelas, com entrega e sem julgamentos, deixando claro que você está ali, presente e disponível para o que quer que aconteça.

Dedique um tempo do seu dia, faça uma ligação, um chat ou uma vídeo chamada. Converse, interaja, conte uma história para a pessoa e envolva-a na sua história, escute as histórias dela, relembrando-a de passagens boas, compartilhando suas emoções e contando as novidades positivas.

Peça sua ajuda, dicas para receitas culinárias, conselhos e sua opinião para as suas decisões, apoio em suas atividades diárias e faça-o sentir-se querido e útil.

Mostre seu respeito e afeto, confesse o quanto aprende com ele, faça-se presente e declare seu amor. Conversar vai manter as emoções ativas e estimular novas conexões no idoso.

O nosso cérebro é plástico e pode se transformar, criando novos caminhos em qualquer idade, para ele não há fronteiras, se houver conexões.

A sua dedicação diária e o investimento de um tempo para interagir com seus idosos, pode mudar o destino do cérebro da pessoa no envelhecimento.

Competências como Memória, Atenção, Foco, Velocidade de processamento e de reposta podem ser estimuladas dessa forma e de muitas outras maneiras lúdicas.

Seguem aqui algumas dicas sobre as diversas formas de potencializar recursos do cérebro.

1- Incentive o idoso a avaliar sua audição e a usar corretamente seus aparelhos auditivos. 70% das pesssoas com mais de 65 anos têm algum grau de perda auditiva.

2 – Proponha a ele que faça atividades diferentes.

  • Ouvir a TV no menor volume possível para entender ou que coloque um som competitivo, uma música junto.
  • Incentive-o a ouvir histórias, Audiobook ou Podcasts.
  • Proponha jogos de memória, stop, jogos de palavras, sudoku, quebra-cabeças, jogo de paciência, damas, xadrez…
  • Conte Histórias
  • Convide-o a conhecer o site (www.afinandoocerebro.com.br)
  • Convide-o para fazer o treinamento auditivo musical (http://www.treinamentoauditivomusical.com.br)

Referências:
Claudia, Cotes – Mídia Training na UOL
Doutora em Linguística.
Mestra em Fonoaudiologia.
Especialista em Voz.
Fonoaudióloga da EPTV – Campinas – emissora afiliada da Rede Globo há 21 anos. Responsável pelas áreas de Jornalismo, G1 e Entretenimento.
Fonoaudióloga do UOL – (Notícias, Entretenimento, Esporte) há 8 anos.
Coach de Comunicação.
Palestrante em Media Trainings há mais de 15 anos.
Graduada em Letras-Português e Fonoaudiologia.
Autora de mais de 10 livros infantis.
Roteirista.


Professora-convidada para aulas via web, na Communication Academy – Antonio Sacavém (Lisboa).
Criadora do Curso OnLine: Fala e Atitude. www.falaeatitude.com.br
Ingrid Gielow – Co-Fundadora e CEO na Pro-Brain
Fonoaudióloga graduada pela Universidade Federal de São Paulo (1989), mestrado em Distúrbios da Comunicação Humana (Fonoaudiologia) pela Universidade Federal de São Paulo (1997) e doutorado em Distúrbios da Comunicação Humana (Fonoaudiologia) pela Universidade Federal de São Paulo (2002). É professora do Centro de Estudos da Voz e da Fundação Getúlio Vargas (FGV Management). Tem experiência na área de Fonoaudiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: voz, distúrbios da voz, processamento auditivo central, acústica, laringectomia e cirurgias de cabeça e pescoço e distúrbios da deglutição. É consultora e assessora em Comunicação Humana e ministra treinamentos corporativos em Competência Comunicativa. (Fonte: Currículo Lattes).


Raquel Munhoz, Fonoaudióloga Especialista em Audiologia Clínica e Responsável Técnica no Núcleo de Audiologia.

Amadurecer é perceber que com a idade podemos ganhar muita experiência e conquistar sabedoria. Entender que podemos aprender ao longo de toda a vida e, depreender que é possível exercitar a paciência e a resiliência, qualidades que nos ajudarão a lidar melhor com as limitações que o tempo nos impõe.

Com o passar dos anos haverá um desgate natural dos nossos órgãos, e, por consequência, a perda de muitas das nossas habilidades e funções.

Conhecer o nosso corpo e estar atento à esses sinais, pode ser um excelente caminho de conquista do envelhecimento saudável.

A presbiacusia, envelhecimento natural do sistema auditivo, pode afetar nossa audição à partir dos 40 anos.

A audição é o nosso elo de contato mais forte com as outras pessoas e o nosso canal de acesso ao mundo sonoro.

Se imaginarmos que nossa expectativa de vida aumentou muito e que almejamos viver bem e ativamente, convivendo bem com as pessoas, fica fácil de entender como é importante ouvir melhor.

Avaliar a audição regularmente e receber orientações sobre como cuidar bem da audição é a melhor forma de prevenir ou compensar a perda da audição, buscando um envelhecimento saudável.

Raquel Munhoz, Fonoaudióloga Especialista em Audiologia Clínica e Responsável Técnica no Núcleo de Audiologia.

Muitos fatores podem causar perda auditiva, alguns deles nós podemos controlar prevenindo-a, mas há outros que não. Dessa forma, o melhor caminho é conhecer alguns sinais e procurar um fonoaudiólogo especialista para avaliar sua audição, ao menos uma vez por ano.

As causas mais comuns incluem: exposição ao ruído excessivo, causas genéticas, complicações ao nascimento, certas doenças infecciosas, infecções do ouvido crônica, alguns medicamentos ototóxicos, o envelhecimento, álcool, tabagismo, hipertensão arterial, diabetes ou hipoglicemia, dentre outros.

Aproximadamente 60% das perdas auditivas na infância devem-se a causas que podem ser prevenidas (rubéola congênita, toxoplasmose na gestação, caxumba, otites de repetição, dentre outras). No entanto, nem todas as perdas auditivas possam ser evitadas.

Todos nós podemos adotar algumas medidas para cuidar melhor dos nossos ouvidos, tais como:

  • Usar protetores auriculares ao trabalhar em ambientes ruidosos;
    Controlar adequadamente o volume de dispositivos eletrônicos quando usados com fones de ouvidos;
  • Usar tampões auriculares para atividades aquáticas;
  • Prestar atenção à nossa audição, quando apresentamos alguns sinais como: zumbido, sensação de ouvido cheio ou abafado, dor de ouvido, tonturas;
  • Procurar o aconselhamento de um especialista nessas circunstâncias e realizar uma avaliação auditiva uma vez ao ano.

A perda auditiva pode ser insidiosa e acontecer lentamente, o que a torna muitas vezes difícil de ser percebida. Os sinais de deterioração não são tão evidentes, em muitos casos, sendo facilmente ignorados. Em geral, são as outras pessoas que notam primeiro quando estamos com perda auditiva. Por esse motivo dê ouvidos aos seus familiares, amigos e colegas de trabalho.

Conhecer os sinais da perda auditiva e prestar atenção neles é a melhor maneira de manter a saúde auditiva, Saiba como identificar alguns sinais:

  • Assistir a televisão ou ouvir música consistentemente em um volume alto;
  • Dificuldade para para acompnhar conversas (especialmente em ambientes ruidosos, tais como restaurantes, shoppings, festas, pequenos grupos de pessoas…);
  • Pedir frequentemente às pessoas que repitam o que falam;
  • Evitar situações de escuta difíceis e preferir o isolamento;
  • Reposicionamento para apontar seus ouvidos para o som;
  • Dificuldade para ouvir o telefone tocar, a campainha ou sirenes.

O QUE ACONTECE COM PERDA AUDITIVA NÃO TRATADA?

Aconselhamos que você comece com uma avaliação de audição com um fonoaudiólogo especialista em audiologia para connhecer seus limiares auditivos. A perda auditiva não tratada pode causar sérios problemas maiores a médio /longo prazo, especialmente com o avanço da idade. Pode acarretar falhas ou perda das habilidades auditivas em geral – atenção, discriminação de sons da fala, falhas de memória auitiva, localização da fonte sonora, além de contribuir para a evolução de quadros neurologicos, demência ou Alzahimer.

Por isso é muito importante que todas as pessoas mantenham esses cuidados auditivos imediatamente após o diagnóstico da perda auditiva, ainda que de grau leve e em estágio inicial.
A perda auditiva tem vários efeitos colaterais. Não tratada, a perda auditiva pode fazer com que as pessoas se afastem da socialização e levem a sentimentos de isolamento e depressão.

PODE HAVER DETERIORAÇÃO DO SISTEMA AUDITIVO

A PERDA AUDITIVA É GENERALIZADA – E VEM CRESCENDO NO MUNDO TODO

De acordo com a OMS, aproximadamente um terço das pessoas com mais de 65 anos de idade são afetadas por deficiências auditivas incapacitantes e estão potencialmente em risco de afetar sua saúde geral se não forem tratadas.

Com o número de pessoas com idade igual ou superior a 65 anos que teriam dobrado em 2050 em comparação com os dias de hoje, a perda auditiva relacionada à idade é também um dos fatores que contribui para o aumento da prevalência de perda auditiva. Agora é a melhor hora para agir.

COMO VOCÊ PODE TOMAR A AÇÃO NO DIA AUDITIVO MUNDIAL?

Apenas lendo isto para se educar, você está dando um passo importante. Se você tiver dúvidas sobre sua audição ou se tiver alguém em sua vida que apresente sinais de perda auditiva, faça uma avaliação de audiológica gratuita e sem compromisso para que possa saber mais sobre suas necessidades individuais.

Raquel Munhoz, Fonoaudióloga Especialista em Audiologia Clínica e Responsável Técnica no Núcleo de Audiologia.

Entenda o que acontece quando os nossos níveis de audição estão começando a cair e saiba quais são as vantagens de identificar a alteração auditiva e intervir imediatamente com uso de amplificação sonora.

Quando começamos a perder a audição é mais comum a restrição auditiva iniciar de forma lenta, insidiosa e quase imperceptível. Normalmente nós mesmos não nos damos conta de que temos alguma limitação auditiva. São as pessoas que convivem conosco, em nosso dia a dia, sejam membros da nossa família, os colegas de trabalho ou no nosso convívio com amigos, que acabam percebendo que há algo diferente em nosso comportamento.

Seja pelos momentos de desatenção, seja por alguns lapsos de memória, por situações em que parecemos alheios e desinteressados, ou mesmo por parecer que entendemos apenas as conversas quando são de nosso maior interesse, passamos a nos comportar de forma diferente e isso chama a atenção das pessoas.

Essas alterações em nosso comportamento diante das conversas, fazem com que alguns julgamentos comecem a surgir, em virtude da nossa má performance na comunicação.

Por outro lado a nossa percepção não é a de não estarmos ouvindo bem, mas sim de que “apenas” não entendemos algumas pessoas, seja pela maneira que elas falam e articulam as palavras, seja pelos ruídos que estão no entorno dos ambientes em que estamos conversando. Criamos dessa forma, uma barreira entre nós e nossos interlocutores, que vai além de estarmos ouvindo e entendendo bem, passa a ser um círculo vicioso, em que os julgamentos dos outros e as nossas justificativas deflagram pequenos conflitos, os quais geram desgastes nas nossas relações.

A repetição diária dessas dinâmicas ruins faz com que ocorra um stress nas nossas comunicações, a quebra nas nossas relações, e, sem nos darmos conta, passamos a optar pelas atividades que não envolvem a comunicação verbal e pelo silêncio, evitando os novos desafios que a comunicação em grupos nos impõem.

Deixar a comunicação de lado por sua vez, nos afasta das pessoas que amamos e daquelas do nosso convívio e isso gera a sensação de que estamos perdendo coisas boas. Perdendo o controle das conversas, o convívio das pessoas, as relações saudáveis e as alegrias da nossa vida. Sem nos darmos conta nos afastamos de tudo, das pessoas, dos prazeres da vida e optamos, quase que inconscientemente, pelo isolamento.

Numa a visão mais simples, pode nos parecer que o silêncio nos traz paz, já que ouvir os sons e entendê-los passa a ser um enorme desafio, uma tarefa cada vez mais trabalhosa, cansativa e muitas vezes até frustrante.

Entretanto, o afastamento do convívio das pessoas, o ato de abrirmos mão das atividades e dos sons que nos dão prazer, significa também abrir mão da alegria de ouvir e falar e isso não é algo saudável. 

A falta da audição e o isolamento caminham de mãos dadas e podem, em casos extremos, fazer-nos enveredar por caminhos que levam à depressão, perda de memória, à demência e/ou ao Alzheimer. Dessa forma é preciso reagir em tempo. Desejar fortemente manter os nossos vínculos com as pessoas e com as coisas que mais gostamos.

Viver bem é poder compartilhar nossos sentimentos, externar nossas emoções, sejam elas boas ou ruins, e nós, seres humanos, fazemos isso na maioria das vezes através dos nossos encontros e das nossas conversas com o outro.

O caminho mais saudável para romper esse ciclo de frustrações é vencer as barreiras que nos colocaram no silêncio. Primeiro precisamos entender o que está acontecendo com a nossa audição, e isso é possível com uma simples avaliação auditiva.

avaliação auditiva ajudará o profissional Fonoaudiólogo a identificar quais são os sons (sua frequência e intensidade) que já não estamos mais conseguimos perceber e nos direcionar ao médico otorrinolaringologista, que determinará quais serão as melhores formas de cuidarmos disso. 

Em caso de haver qualquer nível de perda auditiva, mesmo nas alterações de grau mínimo, já existem recursos tecnológicos, tal como aparelhos auditivos automáticos, estéticos e de fácil manuseio, para auxiliar-nos a resgatar a percepção dos sons. Se a recomendação médica for para o uso de aparelhos auditivos, não devemos hesitar, nem tampouco postergar o tratamento.

É importante estarmos abertos a experimentar e saber que, voltar a receber os estímulos auditivos que já não temos mais a capacidade de perceber sozinhos, é o melhor caminho para manter as nossas vias auditivas bem estimuladas, o cérebro funcional e plástico e a memória dos sons viva em nossa mente.

O sentido da audição além de nos manter em alerta, protegidos, permite-nos manter a comunicação verbal e sentir os prazeres de ouvir bem as conversas, a música e os nossos sons favoritos.

O segredo para vencer essa resistência em que o silêncio nos coloca é apostar na vida, nos relacionamentos, na beleza dos sons da natureza e nas alegrias que a convivência e que os sons que mais gostamos de ouvir que no traz.

Nós precisamos apenas entender que nossos familiares, amigos ou colegas de trabalho são os primeiros a nos alertar sobre isso e, dessa forma, estão sinalizando que há algo que não vai bem conosco e que se importam conosco.

Eles por sua vez, devem estar prontos para auxiliar-nos com complacência e ter uma dose extra de sensibilidade, paciência, empatia e conhecimento sobre as condições que a alteração auditiva nos coloca, ajudando-nos a contornar essa resistência, e incentivando-nos a buscar ajuda para melhorar a nossa qualidade de vida.

Cuidar da audição é cuidar de um dos nossos sentidos mais importantes, o sentido que nos mantém ligados ao mundo, conectados ao outro e apegados à vida.

Raquel Munhoz, Fonoaudióloga Especialista em Audiologia Clínica e Responsável Técnica no Núcleo de Audiologia.

Você está iniciando o processo de busca para realizar a compra de seus aparelhos auditivos? Já teve contato com diversas informações técnicas sobre a perda auditiva e suas consequências negativas, ou ainda, deparou-se com a diversidade de opções de estilos e tecnologias de aparelhos auditivos e mesmo assim está inseguro e resistente para dar o primeiro passo e fazer o investimento.

Sente receio de não fazer a melhor escolha?
Tranquilize-se, esse é um sentimento normal e muito comum no período pós diagnóstico da deficiência auditiva ou no momento da troca de seus antigos aparelhos auditivos por novos.

O bombardeio de informações pelas mídias sociais pode realmente deixá-lo confuso, inseguro e muito ansioso.

Mas saiba, você não está sozinho, nós o ajudaremos a entender melhor as etapas dessa jornada:

Em primeiro lugar é importante compreender que usar aparelhos auditivos é uma necessidade e não apenas uma escolha. Embora, ainda haja em relação aos aparelhos auditivos, um certo grau de conotação negativa, porque a maioria das pessoas associam o uso de aparelhos auditivos a envelhecer, o uso da amplificação é a melhor forma de manter o seu sistema auditivo “vivo”, estimulado, alerta e funcional. Além disso, existem produtos com design inovadores, estéticos e ergonômicos.

Vencer suas objeções com relação ao uso dos aparelhos auditivos e romper todos os obstáculos que o impedem de voltar a ouvir novamente será o seu primeiro desafio.

Por esse motivo o processo de compra de seus aparelhos auditivos deve ser entendido como uma jornada, permeada por diversos sentimentos e feita de etapas, onde o foco principal deve ser a sua reabilitação auditiva.

O profissional da audição deve buscar entender em que momento dessa jornada você se encontra, respeitando seu estado emocional, dosando suas expectativas, acolhendo seus anseios e priorizando entender quais são as suas necessidades auditivas e de comunicação nos ambientes que você frequenta, sejam profissionais, familiares ou de lazer.

As etapas de seleção, teste em experiência domiciliar, compra e acompanhamento pós adaptação dos aparelhos auditivos podem ser muito mais fáceis e tranquilas do que você imagina. O profissional qualificado e experiente o ajudará a compreender melhor suas emoções, levando-o a superar sua resistência e a aceitar o uso da amplificação, orientando e direcionando cada passo do processo de reabilitação auditiva, removendo todas as barreiras que possam existir nesse caminho.

Para isso existem diversas ferramentas tecnológicas, plataformas digitais de alta performance para reconhecimento de fala em ambientes ruidosos, recursos que tornam o som amplificado mais realista, que poderão ser testados nos ambientes que você frequenta, tornando sua experiência com o uso da amplificação diferenciada e inovadora.

A experiência domiciliar com os aparelhos auditivos deve ser assistida, presencial e remotamente, pelo Fonoaudiólogo.

O acompanhamento presencial, com retornos frequentes e realização de exames, testes de validação da amplificação e aplicação de questionários de auto avaliação, também o ajudarão a sentir-se mais confiante para realizar a escolha do melhor estilo e nível de tecnologia mais adequado para o seu caso.

O cuidado contínuo do profissional para com você e com a sua audição, com a oferta de programas de reabilitação e estimulação auditiva pós adaptação, trará mais segurança e tranquilidade, fazendo dessa trajetória uma jornada de muito sucesso com o uso dos aparelhos auditivos.

Dê o primeiro passo, procure um centro auditivo de referência, bem estruturado e preparado para acolhê-lo com acessibilidade, conforto, profissionalismo e uma equipe de fonoaudiólogos que sejam experientes em reabilitação auditiva.
Disponha-se a fazer um teste assistido e prolongado, com diferentes níveis de tecnologia, para que possa reconhecer que voltar a ouvir é importante e consiga perceber que isso o ajudará a resgatar a alegria de viver e desfrutar intensamente da companhia das pessoas com quem você se relaciona.

Fga Raquel Munhoz
Especialista em Audiologia Clínica e Supervisora Técnica do Núcleo de Audiologia

A perda auditiva ocorre por um impedimento da capacidade do Sistema Auditivo de detectar a energia sonora. Este impedimento pode ser decorrente de lesões em qualquer uma de suas partes e pode ter início na vida gestacional ou durante o nascimento (congênita) ou acontecer após o nascimento (adquirida), com origem hereditária ou não.

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Quando existe um quadro de perda auditiva diagnosticado pelo médico otorrinolaringologista e foi feita a indicação para uso de aparelho auditivo a conduta mais indicada é a busca por um profissional fonoaudiólogo experiente em audiologia e que atue dentro de um serviço especializado em seleção e adaptação de aparelhos auditivos.

É importante também certificar-se de que o centro auditivo tenha uma história na atuação em seleção e adaptação de aparelhos auditivos.

Atualmente os serviços que atuam na adaptação de aparelhos auditivos, devem, além de disponibilizar produtos e acessórios altamente tecnológicos, ter como o centro de suas atenções o usuário, oferecendo acessibilidade, acolhimento diferenciado, atendimento fonoaudiológico especializado, além de disponibilizar serviços que lhe dêem acesso a uma experiência clínica de sucesso.

Cultivar a confiança na relação profissional x paciente melhora significativamente a experiência clínica do usuário. O cuidado contínuo que o profissional dedica ao usuário e seus familiares, irá aumentar as possibilidades de sucesso clínico na reabilitação auditiva.

É importante que o usuário e seus familiares tenham acesso a todos os detalhes sobre o processo de reabilitação auditiva e essas informações, e eu essa informações sejam transmitidas com clareza, respeito e transparência, com o intuito de esclarecer todas as suas dúvidas, servindo, assim, como suporte para uma escolha consciente, segura e adequada ao seu perfil e expectativas.

A possibilidade de realizar um teste domiciliar prolongado e prévio com os produtos selecionados, experimentar diferentes níveis de tecnologia por período flexível e sob a orientação do fonoaudiólogo, faz com que o usuário sinta-se mais seguro para decidir sobre o investimento mais adequado às suas necessidades acústicas e de comunicação.

A equipe de profissionais deve estar sempre disponível para auxiliar o usuário a analisar os resultados obtidos no teste e fazer a relação de custo e benefício dos produtos.

No período pós-adaptação imediato, denominado período de aclimatização (processo neurológico de adaptação), é imprescindível que usuários e seus familiares recebam atendimento fonoaudiológico personalizado e semanal.

O aconselhamento ao usuário e seus familiares e/ou cuidadores e a estimulação auditiva pós-adaptação realizada em ambiente acústico, são serviços que agregam valor à compra dos aparelhos auditivos e também podem melhorar significativamente a compreensão de conversas em diferentes tipos de ambientes ruidosos, para que sua adaptação seja mais rápida, tranquila e segura.

Raquel Munhoz, Fonoaudióloga Especialista em Audiologia Clínica e Responsável Técnica no Núcleo de Audiologia.

Etapas do processo de indicação e adaptação da prótese auditiva

A perda auditiva ocorre por um impedimento da capacidade do Sistema Auditivo de detectar a energia sonora. Este impedimento pode ser decorrente de lesões em qualquer uma de suas partes e pode ter início na vida gestacional ou durante o nascimento (congênita) ou acontecer após o nascimento (adquirida), com origem hereditária ou não.

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